Conhecer o tipo de solo nos orienta em seu preparo e no plantio da espécie forrageira a ser implantada.
Plantio e Planejamento de uma pastagem.
Antes de começar a ler esse artigo, conscientize-se de que o princípio de todo o planejamento do plantio de uma pastagem, começa em:
Conhecer o tipo de solo
O terreno determina a escolha da forrageira, bem como a forma de manejo. Por essa razão um planejamento que determine:
- Profundidade do solo;
- Relevo;
- Fertilidade;
- Possibilidade de inundação/encharcamento;
- Presença de cascalhos/pedras.
Tem mais chance de dar certo, do que aquele plantio onde o produtor apenas joga a semente e espera que venham as chuvas.
Formas de plantio.
- Plantio Convencional – É aquele que tem a necessidade de fazer a incorporação do calcário com aração e gradagens até a profundidade recomendada pelo técnico responsável pelo plantio.
Se a área estiver infestada por plantas invasoras, a aração é decisiva para o controle dessas invasoras.
Uma forma para acabar com a competição da planta invasora com a forrageira é a correção da fertilidade do solo.
Quando o solo está corrigido, a forrageira terá mais vigor e chances de competir com a planta invasora.
Caso o produtor não queira investir no preparo do solo e em sua correção, mais tarde terá que gastar com herbicidas ou com roçadas, correndo o risco de não serem eficazes.
- Plantio direto – Nesse caso deve haver massa vegetal suficiente para formar palha. Caso a área seja uma pastagem e estiver com o capim alto, deve-se colocar animais para baixar o capim e aguardar a rebrota para formar a palhada.
Se a área não possuir palha, deve ser isolada para que ocorra nova brotação que será dessecada para formar a palhada.
Muitas vezes o preparo da área será realizado na derrubada da vegetação natural e queimada. O plantio é feito sobre as cinzas.
Quando a área já possui lavouras, não há necessidade de um preparo do solo, após a colheita.
Preparando o solo.
A programação deve ser entre 30 é 60 dias antes do plantio, ou até mesmo 90 dias antes, em áreas maiores.
Por exemplo:
Se você programou o plantio para novembro, deve começar o preparo do solo em setembro/outubro.
Programações de plantio tardias, são arriscadas. A produção de forragem é menor.
Plantios antecipados (na poeira) correm o mesmo risco.
Terraceamento.
No caso de terraceamento (técnica que visa à proteção do solo contra as erosões causadas pelo escoamento acelerado da água em áreas de terrenos inclinados).
Deve-se semear a pastagem de 20 a 40% a mais de semente sobre o terraço, finalizando com o rolo compactador, por isso as bases do terraço devem ser largas o suficiente para que o trator passe sobre ele.
Após o plantio entre os terraços, deve-se plantar a pastagem sobre os mesmos.
Plantio e cobertura.
Métodos de semeadura utilizados:
- Convencional mecanizado;
- Manual;
- Aéreo;
- Plantio Direto.
Precisa de atenção quanto a época de chuvas para realizar o plantio, as condições de umidade do solo são importantes durante a implantação das sementes.
Em sementes puras, as quantidades aplicadas são menores e é comum misturarem com areia, terra, esterco, etc. Para melhor regulagem e distribuição.
A maioria dos solos de cerrado é pobre em fósforo, por essa razão adubos fosfatados podem ser misturados as sementes. Desde que essa mistura não fique mais de 24 horas antes do plantio.
O correto é que o adubo fosfatado fique localizado próximo das sementes, o que permitirá a absorção do fósforo pelas raízes da planta jovem.
Quanto mais superficial for o plantio e irregular for a profundidade de semeadura, a compactação do solo antes ou após essa semeadura é importante para evitar assoreamento das sementes ou erosão.
Em condições de chuvas bem distribuídas a germinação e a fixação da plântula ao solo ocorrem de forma eficiente independente da profundidade de plantio ou do contato da semente com o solo.
No caso de falta de chuva a área onde foi realizada a compactação do solo, o estabelecimento da pastagem é melhor.
Pastejo.
A cobertura do solo pela forrageira precisa estar entre 75 a 80% coberto. Quando isso ocorrer, pode-se colocar os animais na área. Essa fase ocorre de 35 a 45 dias após o plantio.
Os animais devem pastejar, de 30 a 40% da altura do capim. Essa técnica auxilia:
- Competição entre plantas;
- Elimina meristemas apicais;
- Rapidez na cobertura do solo.
Após o segundo ciclo de pastejo, usa-se a pastagem normalmente de acordo com a espécie forrageira, observando sempre a época do ano e a intensificação do pastejo.
Pode acontecer a formação de touceiras esparsas que mantém o solo parcialmente descoberto e quando os animais entram na pastagem, ocorre o acamamento.
Procurar um programa técnico de plantio de pastagem possibilita o estabelecimento da variedade escolhida no terreno adequado sem perdas da forragem produzida.
Ótimo post!