Controle de lagartas na pastagem.

Para o controle de lagartas na pastagem há o uso de lagarticidas de baixa toxidade e de preferência à noite.

Controle de lagartas na pastagem, o que fazer?

Para o controle de lagartas na pastagem deve haver o uso de lagarticidas de baixa toxidade de preferência a  à noite.

Lagartas em pastagens são consideradas pragas ocasionais, podendo ocorrer em níveis populacionais elevados. São capazes de desfolhar totalmente extensas áreas de pastagens em curto período de tempo.

Isso ocorre porque as pastagens são consideradas:

• Culturas de baixo valor;
• Raramente são adotadas medidas preventivas, de controle ou mesmo de monitoramento.

Porém, à medida que a produção pecuária se intensifica, o controle de pragas passa a ter maior importância pelo grande risco de perda de capital investido.

Relatos de surtos destas pragas em pastagens de algumas regiões do Brasil frequentemente se dá no início da estação chuvosa.

Há o posterior desaparecimento das mesmas a medida que as chuvas se regularizam. É necessário entender como funciona o ciclo destas pragas e sua dinâmica no ambiente para que se possa propor medidas racionais de manejo e evitar possíveis danos econômicos.

As lagartas adultas são mariposas de hábitos noturnos. Cada mariposa pode colocar de 300 à 2.000 ovos em sua vida. Estes ovos demoram de 2 à 5 dias para eclodirem, e dependem da:

• Temperatura do ambiente para originar as largartas.

Elas se alimentam das folhas do capim e ao completarem o desenvolvimento as largartas empupam no solo. O período de pupação varia conforme a temperatura; então a pupa dá origem à uma nova mariposa, fechando o ciclo que dura aproximadamente 30 dias em períodos quentes e chuvosos.

Em relação ao controle, não foram encontrados na literatura brasileira estudos que definam o nível de controle destes insetos em pastagens.

Aproximadamente de 50 à 100 lagartas por metro quadrado já justificam o início das operações de controle.

Possíveis infestações de lagartas em pastagens sempre ocorrem no início do período chuvoso.

É importante a definição do momento do controle, quando necessário. Este deve ser feito quando as lagartas estão pequenas, evitando assim danos econômicos maiores.

Dependendo da população observada de lagartas na pastagem, deve-se sempre consultar um profissional com experiência no assunto, já que o nível de controle destas pragas ainda não é bem definido na literatura.

Ciclo da Lagarta da pastagem.

• As lagartas após a eclosão, se alimentam, raspando as folhas;
• À medida que se desenvolvem, passam a consumir as folhas a partir das bordas para o centro.
• Durante a fase larval, a lagarta-militar passa, em média, por seis estágios de desenvolvimento (ínstares).
• Nos dois últimos instares a lagarta consome 85% do total que necessita para completar a fase larval.

Principais espécies de lagartas.

• Mocis latipes – Para alguns esta é a mais importante das lagartas que atacam as pastagens. Conhecida como curuquerê-dos-capinzais, esta lagarta é facilmente identificada, porque se locomove como se estivesse medindo palmos.
• Spodoptera frugiperda – Conhecida como lagarta-militar, se arrasta sobre a superfície das folhas. Os ovos são colocados sobre as folhas. A eclosão das lagartas ocorre após um período de 7 a 12 dias.

As lagartas consomem algo ao redor de 140 cm² de área foliar para o seu desenvolvimento. Isto representa, em média, 2,7 gramas de peso verde de Brachiaria Decumbens.

Esta é uma informação importante quando se objetiva o controle químico deste inseto, devendo-se tomar o cuidado para não se aplicar o produto quando a maior parte da população estiver na fase de pupa, uma vez que esta estará protegida.

Cuidados e Formas de controle.

• As pastagens dever ser vistoriadas com atenção e frequência quanto à presença de lagartas;
• Observações devem ser feitas na superfície do solo, em meio à palha sobre o solo, colmos e folhas, e com atenção especial nas áreas recém-cortadas para feno ou após a aplicação de fertilizantes nitrogenados;
• Nestas condições, em especial a lagarta-militar, tende a aumentar em número, podendo causar sérios danos ao capim em franco crescimento.

As lagartas, quando em altas populações, podem consumir toda a forragem disponível, recomenda-se que medidas sejam adotadas tão logo se constatem os focos iniciais.

O ataque desses insetos se dá em reboleiras, o controle de focos iniciais apresenta a vantagem de que o tratamento se dará em áreas relativamente pequenas.

Aplicar inseticidas de baixa toxicidade e curto poder residual (registrados para uso em pastagens), sendo necessário retirar os animais e respeitando o período de carência.

Produtos biológicos à base de Bacillus thuringiensis que podem ser aplicados.

Se trata de um inseticida microbiano seletivo para lagartas, não é necessário, nesse caso, a retirada dos animais das áreas tratadas.

Sua aplicação consiste no fato de que não elimina os inimigos naturais presentes na pastagem. Esses produtos são mais eficazes contra a curuquerê-dos-capinzais. Para o controle da lagarta-militar são necessárias dosagens relativamente maiores.

Uma alternativa, é concentrar animais nas áreas atacadas, procurando, com isso, aproveitar a forragem disponível antes que as lagartas o façam. Esta medida poderá ser adotada antecedendo eventual aplicação de um produto inseticida.

Essas lagartas, quando em níveis populacionais muito altos, podem apresentar:

• Movimento migratório em que se dispersam caminhando sobre o solo;
• Movimento se processa de áreas com grande concentração de lagartas, e já com baixa disponibilidade de alimento, para áreas adjacentes, com abundância de alimentos.
• Quando ocorre esse movimento, sugere-se a utilização de barreiras químicas, como a abertura de valetas cortando o sentido migratório.
• Dentro dessas valetas são colocados produtos inseticidas.

Com base no tamanho das lagartas e na duração das diversas fases do ciclo do inseto, pode-se ter razoável margem de acerto quanto ao momento adequado para a aplicação.