O rebanho bovino brasileiro tem como principal fonte alimentar as pastagens, mas sua capacidade de suporte é diminuída, pelo ataque de pragas.
Ataque de pragas: Cupinzeiro.
Espalhadas pelo mundo, há cerca de 3000 espécies de cupins, principalmente em áreas de clima tropical e subtropical.
Constituem um importante grupo de insetos-praga de pastagens, pois além de agravar o processo de degradação, seus ninhos dificultam os tratos culturais e o manejo dos animais no campo.
Os problemas causados por cupins em áreas infestadas são:
- Dificultam a passagem de máquinas agrícolas;
- Tunelamento das estruturas das plantas, como raízes, colo e caule. Causando perda do poder germinativo dos toletes e prejudicando o desenvolvimento das rebrotas;
- Ocupam espaço na pastagem podendo dificultar os tratos culturais e o manejo do pasto;
- O corte das plantas ao nível do colo, prejudicando a rebrota e também o ataque das raízes das plantas, causando aspecto de secamento.
Cupinzeiros e solos pobres.
No Brasil, frequentemente se afirma que a ocorrência dos cupinzeiros está restrita a solos muito pobres, em especial, os ácidos.
Verificando-se a influência de diferentes práticas de manejo de solo sobre cupins subterrâneos e de montículos, não se constatou efeito direto da calagem sobre a infestação.
Há um componente cultural arraigado na atividade pecuária brasileira, o qual vincula altas infestações de cupinzeiros ao abandono e/ou manejo inadequado das pastagens.
Controle de pragas.
Nas áreas infestadas, o controle tem sido feito predominantemente:
- Através do uso de inseticidas químicos, introduzidos no cupinzeiro por perfuração.
Para o caso de cupinzeiros que afloram à superfície, onde não se constata facilmente um núcleo recomenda-se:
- Medir a área ocupada pela porção do cupinzeiro que aflora à superfície (multiplicando-se o maior comprimento pela maior largura);
- Aplicar o inseticida através de perfurações feitas no cupinzeiro (uma perfuração para cada metro quadrado).
Deve-se penetrar a barra de ferro atravessando a camada de solo exposto, atingindo 20 cm abaixo do nível do solo.
Caso sejam encontrados os orifícios por onde transitam os cupins desse gênero, mesmo que já obstruídos, sugere-se desobstruí- los e, através deles, introduzir o produto.
Embora apresentem eficácia no combate aos insetos, tais produtos químicos podem causar impactos negativos ao meio ambiente e podem até mesmo intoxicar o rebanho bovino se usados indiscriminadamente ou desconsiderando-se a forma adequada de manejo.
O controle biológico, por meio de inimigos naturais também é muito importante na regulação das populações de cupins, onde se destaca a utilização de fungos, parasitas e bactérias como:
- Beauveria bassianae Metarhizium anisopliae;
- Parasitóides do gênero Trichogramma;
- Bactérias entomopatogênicas como o Bacillus thuringiensis.
Fonte:
Clubeamigosdocampo.com.br
A Revista do Criador